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Sem informação ambiental não há coleta seletiva!

A cidade de Joaçaba em Santa Catarina vem enfrentando dificuldades em relação à coleta seletiva. Apesar do investimento na infra-estrutura de coletores de lixo e de coletores de material reciclável, a empresa de limpeza urbana aonda encontra material misturado nos dois coletores. E isso atrapalha demais a triagem dos materiais.

informação ambiental

Lixo em meio ao material reciclável em Joaçaba – SC.

Segundo um site de notícias da cidade, o Vereador Diego Bairros foi convidado a conhecer o problema e declarou “Na opinião dele, a prefeitura precisa investir em campanhas educativas para que o lixo passe a ser devidamente separado e este tipo de problema não volte a ocorrer. Pois, da forma como está acontecendo, a empresa não consegue fazer a separação do lixo e acaba por encaminhar uma grande quantidade de lixo para o aterro sanitário, pois, a separação fica inviável.”


Desde 1991 a Recicoteca bate nesta tecla. A coleta seletiva não é uma atividade apenas de logística, mas de participação popular cidadã. Por melhor que seja o investimento em caminhões, contêineres, funcionários, galpões, incentivos aos recicladores, sem informaçâo e educação ambiental não há coleta seletiva.

Em 1993 a Brahma, hoje AmBev, topou investir em nosso Centro de Informações Ambientais para levar a todos – população, empresários, governos – os dados e informações necessárias para melhorar nossa relação com nossos restos. A Recicloteca ganhou impulso com esse patrocínio e pôde ampliar a capacidade de difundir informaçâo ambiental de qualidade, gratuitamente pela sede ou telefone/fax. Posteriormente foi criado um portal na Internet e hoje, seja no virtual ou real, a Recicloteca contribui para que todos saibam sobre a coleta seletiva, entre outras ações ambientais que melhorem nossa qualidade de vida.

Ao apoiar a Recicloteca de forma voluntária e ininterrupta durante 25 anos a AmBev teve papel preponderante na parte menos reconhecida e valorizada da coleta seletiva: a educação ambiental. Hoje a legislação impôe que 20% das embalagens colocadas no mercado sejam recolhidas por cooperativas apoiadas pelos fabricantes de bebidas. Um percentual baixo, mas ousado diante do panorama nacional de coleta seletiva e reciclagem. E, paradoxalmente, hoje a empresa acaba investindo menos recursos para a informação/educação ambiental na Recicloteca do que fazia antes da bem-vinda legislação que estipula metas de coleta seletiva. A situação pitoresca da Recicloteca é um caso único em que uma longa relação de parceria é afetada pela precária stuação da coleta seletiva no Brasil, que neste aspecto deu um passo à frente e dois para trás.

Ao contrário de outras empresas do setor que nada fizeram pela coleta seletiva ou que exploraram a simpatia nacional pela coleta seletiva para ações de marketing com resultado sócioambiental medíocre, a AmBev elevou o investimento em informação ambiental a outro patamar, mas hoje recua na prática antes vanguardista de apoiar um projeto que sensibiliza e informa as pessoas. A consciência ambiental nasce nas pessoas sensibilizadas e informadas. E pessoas conscientes agem para melhorar o ambiente em que vivem.


Informação Ambiental é ressaltada como fundamental em evento na EMERJ

Na segunda semana de agosto de 2018 a Escola de Magistratura do Rio de Janeiro organizou um debate sobre os desafios jurídicos e institucionais da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O palestrante Ariovaldo Caodaglio, diretor da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP), chamou a atenção para a falta de informação.

informação ambiental

Segundo da dieita para a esquerda Ariovaldo Caodaglio reforça a necessidade de informação ambiental.

“Não há ações voltadas para mobilizar o principal agente para a solução dos problemas, o gerador dos resíduos, que somos nós. O problema não é do município, mas de cada um de nós. E a solução, embora seja coletiva, necessita de uma definição individual. E isso envolve informação, porque informação gera conhecimento. A partir daí a população começa a se inteirar do assunto, a perceber a gravidade dele”, disse Ariovaldo Caodaglio.

Investir em educação e informação ambiental é a maneira mais prática, rápida e segura de se ampliar os resultados da coleta seletiva no Brasil. Se você é cidadão, empresário, governante ou legislador pode melhorar a gestão dos resíudos das nossas cidades ajudando a inverter a lógica de investimentos equivocadamente adotada pelos acordos setoriais de Logística Reversa.

SEM INFORMAÇÃO AMBIENTAL NÃO HÁ COLETA SELETIVA.

Saiba mais:

Conheça o histórico e o trabalho da Recicloteca

Não há coleta seletiva sem educação ambiental

Acordo Setorial para a Logística Reversa das embalagens pós-consumo

Quanto custa NÃO ter a coleta seletiva?

Pontos de Reciclagem

Por que é importante participar da coleta seletiva

Quem tem medo da coleta seletiva?

Lixo Reciclável é um termo que prejudica a coleta seletiva

A Recicloteca e o enxágüe de recicláveis

Logística reversa tipo SEDEX: rápida e eficiente

As leis do lixo


Já imaginou poder contribuir para semear a educação ambiental por aí?

Agora você pode! Seja um apoiador do Projeto Recicloteca.

Não importa o valor da doação, o que importa é ajudar a difundir informações sobre coleta seletiva, meio ambiente em geral e reciclagem. Todas as doações terão uma recompensa!!

Acesse o site abaixo e saiba mais:
https://apoia.se/recicloteca

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