Depósito de Jardim Gramacho não é e nunca foi aterro sanitário
Há quase 10 anos fizemos uma montagem com as fotos de Marcos Prado e a música Carta aos Missionário da banda Uns e Outros na intenção de esclarecer que o Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho não era e nunca seria um atero sanitário como algumas autoridades e a imprensa insistiam em defini-lo. Ao mesmo tempo era imperativo que a população das cidades que ali depositavam seus resíduos soubesse que o conteúdo de suas lixeiras tinha aquele passivo sócio-ambiental.
O aterro de Jardim Gramacho é uma perfeita aula de como não construir um depósito de lixo. Situado na esquina entre o Rio Sarapuí e a Baía de Guanabara, foi instalado há quase 40 anos em cima de um manguezal. Pela atual legislação ambiental brasileira, beira de Rio, beira de Baía e manguezal são APPs (Áreas de Preservação Permanente). Locais que não podem ser alterados por sua fundamental relevância no equilíbrio ambiental. O depósito está situado em 3 APPs ao mesmo tempo!
Considere ainda a proximidade das residências do bairro (eram praticamente vizinhos de muro), a presença maciça de catadores (1000 segundo a administração do aterro, mas até 5 mil pelos próprios catadores) e a total ausência de estudo de impacto ambiental ou tratamento do chorume e está pronta a fórmula para o pior depósito de lixo das américas, quiçá do mundo.
Desativado em 2012, mas ainda um problema, teve uma compensação financeira a cerca de mil catadores cadastrados, tem a exploração do gás metano para geração de energia, mas a região ainda recebe lixo em depósitos ilegais ao redor do antigo aterro, numa “exploração comercial” criminosa, tocada pelo tráfico de drogas local. É… o bairro de Jardim Gramacho sofreu e ainda sofre muito. Até quando?
Saiba mais sobre Jardim Gramacho:
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