A ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) em parceria com a Plastivida (Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos) está lançando o caderno informativo “Recuperação Energética de Resíduos Sólidos”, um guia que traz informações detalhadas sobre esta alternativa para a destinação dos resíduos sólidos urbanos, fornecendo subsídios técnicos oriundos de estudos científicos que permitem uma análise mais adequada desse importante tema.
Tecnologia que transforma o resíduo em energia elétrica e térmica aproveitando seu poder calorífico como combustível, a recuperação energética está prevista nas disposições da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e tem sido aplicada em vários países. Exemplo disso é que na Europa há mais de 400 usinas em operação, seguida pelo Japão, com cerca de 200 usinas, e pelos Estados Unidos, que dispõem de mais de 100 empreendimentos do gênero.
“Na Europa, pratica-se há mais de 30 anos a mesma hierarquia dos resíduos prevista na PNRS. Prova disso é que os países mais avançados na gestão de resíduos, entre os quais Alemanha, Áustria e Suécia, têm as maiores taxas de reciclagem mecânica, orgânica e energética”, explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da ABRELPE. O executivo também destaca que nos últimos 20 anos foi registrada uma redução de 33% no uso de aterros sanitários na Europa, ao mesmo tempo em que houve um crescimento de 34% na adoção de tecnologias de tratamento térmico, 54% na reciclagem e 102% na compostagem, tendências que estão alinhadas com o que dispõe a PNRS.
Os métodos de recuperação energética mais empregados mundialmente utilizam a incineração, pela qual se obtém calor que é usado para gerar vapor (energia térmica) e/ou energia elétrica. Essas tecnologias reduzem o volume dos resíduos em cerca de 90% e o peso, em 75%.
É importante ressaltar que, antes de serem lançados na atmosfera, os gases decorrentes do processo de combustão dos resíduos passam por uma série de sistemas de controle ambiental alinhados à legislação vigente. “As emissões são as mais restritivas entre todas as fontes de geração de energia, como carvão, bagaço de cana, óleo combustível e gás natural”, salienta Silva Filho.
Baixe aqui seu caderno informativo em PDF.
Fonte: Site da Revista DAE