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Carros elétricos são ambientalmente corretos ou não?

Atualizado em dezembro de 2021

Ganhando cada vez mais popularidade ao redor do mundo por serem “verdes”, os carros elétricos se tornaram uma atraente alternativa contra os similares movidos a combustíveis fósseis. Estes veículos se movem com o uso de motores elétricos alimentados por baterias ou a base de hidrogênio. Daí, o principal benefício do seu uso é a emissão zero de poluentes durante seu funcionamento.

Outro ponto positivo é a diminuição dos ruídos. Grande parte da poluição sonora urbana poderia ser amenizada se a maioria dos carros e ônibus fossem movidos por motores elétricos. Extremamente silenciosos estes motores são o oposto dos movidos a combustão.

Em 2017, quando este texto foi escrito, o único carro 100% elétrico à venda no Brasil, era o BMW i3 que na época custava a partir de R$ 169.950. Ele conta com baterias de íons de lítio de alta tensão e motor elétrico que proporcionam grande agilidade. Para aqueles que não acreditam na sua potência, o i3 faz de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos. No entanto, o preço é alto e inviável para a maioria da população brasileira, portanto os carros elétricos estão longe de conquistarem em massa as ruas brasileiras. E só fariam diferença na melhoria da qualidade do ar nas cidades se a maioria dos veículos fosse elétrica, o que vai demorar muito para se tornar realidade. Se chegar a tanto!

Carros elétricos são mesmo melhores para o meio ambiente?

Hoje a matriz elétrica mundial é predominantemente baseada em fontes não renováveis e de origem fóssil, ou seja, a despeito do uso de modernos filtros emitem gases poluentes. Então, a energia fundamental para a movimentação do carro, é obtida com alguma poluição do ar. Se ele não polui em funcionamento, o que garante esse funcionamento é, em nível mundial, energia gerada em grande parte com a queima de combustíveis fósseis que precisa ser considerado ao se pensar na poluição global. Sim, pois a cidade precisa ter ar mais limpo, mas esse benefício não deveria ser obtido com poluição do ar em outro lugar.

Aí você pode argumentar que no Brasil a Matriz energética é mais limpa pois é fortemente embasada nas hidrelétricas que não emitem gases poluentes e que as fontes eólica e solar são as que mais crescem. Mas essas mudanças são lentas e hoje a matriz elétrica brasileira utiliza 13% de fontes de origem fóssil. E os lagos das usinas hidrelétricas também emitem gases do efeito estufa pelo apodrecimento da vegetação inundada.

Agora, o carro elétrico é realmente uma opção ambientalmente interessante? O vídeo a seguir questiona essa pergunta e enfatiza que se não mudarmos a matriz elétrica para fontes de energia limpa e renovável, de pouco adiantará a utilização de carros elétricos.

Quais os verdadeiros obstáculos para a implementação dos carros elétricos no mundo? O documentário Quem matou o carro elétrico?, disponível abaixo, mostra a história do sucesso e do desaparecimento dos primeiros carros elétricos na Califórnia em 1996. De lá pra cá, com sérios investimentos em matriz energética limpa e com o crescente interesse dos consumidores, a tecnologia estaria mais consolidada como ambientalmente correta e o preço dos veículos seria menor. Entretanto, parece que o “mundo” ainda não estava preparado para deixar o petróleo de lado.

Série especial de reportagens sobre o carro elétrico julho de 2018.

Saiba mais sobre fontes de energia limpa em:

Fontes de Energia Alternativa: Energia Solar

Confira as sete dúvidas e respostas mais frequentes sobre energia solar

Especialistas discutem prós e contras de mais investimento em energia nuclear

Diversificar as formas de produzir energia é prioridade para os próximos anos

Munique planeja ter 100% de energia limpa até 2025

O coletivo Clima e mobilidade publicou um excelente vídeo sobre o assunto que pode ser assistido clicando aqui.

Assista também as duas reportagens abaixo:
Matéria de Capa da TV Cultura (2017)

Matéria de Capa da TV Cultura – Carros Elétricos(2021)


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