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Especialistas discutem prós e contras de mais investimento em energia nuclear

O físico José Goldemberg, do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP, e o engenheiro Leonam dos Santos Guimarães, da Eletrobras Eletronuclear, serão os debatedores da mesa-redonda “Energia Nuclear: do Anátema ao Diálogo”, no dia 16 de março (2011), às 15h, na faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.

Durante o evento será lançado o livro homônimo, organizado por José Eli da Veiga, do Núcleo de Economia Socioambiental (Nesa), sediado na FEA-USP. Publicado pela Editora Senac, o livro conta com Goldemberg e Guimarães entre os autores dos textos reunidos. O livro e a mesa-redonda destinam-se a discutir as vantagens e desvantagens de mais investimentos em energia nuclear para geração de eletricidade no Brasil.

Para Goldemberg, “não há razões para investir mais em energia nuclear no Brasil, a não ser para acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos dessa área”. Ele considera que o país ainda tem amplas oportunidades de produzir energia elétrica a partir de fontes renováveis e não-poluentes, como a energia hidroelétrica, “cujo potencial está longe de estar esgotado”, além de outras opções, como bagaço de cana, em São Paulo, e energia eólica, no Norte do país. Para ele, essas alternativas são as melhores, em contraste com as preocupações com a segurança dos reatores nucleares, as questões não resolvidas sobre o armazenamento do “lixo nuclear” e o custo elevado desse tipo de energia.

Guimarães afirma que o Brasil tem condições de dobrar a potência hidroelétrica atual, “tratando com muita racionalidade a questão socioambiental”. Mas essa potência adicional “não irá gerar a mesma quantidade de energia do parque existente, pois será composta por usinas ‘a fio d’água’, com pequenos reservatórios”. Para atingir o mínimo de consumo per capita de eletricidade dos países desenvolvidos (passar de 2.000 kWh/ano para 4.000 kWh/ano), será preciso, segundo ele, explorar esse potencial hidroelétrico, expandir o parque eólico e de biomassa e complementar com geração nuclear ou a carvão. “A nuclear é a única que não implica emissão de CO2 e cujo combustível pode ser 100% nacional”.

A mesa-redonda é uma realização do IEA, Nesa, FEA-USP e Editora Senac. A coordenação será de José Eli da Veiga.

Local: Auditório do Prédio FEA 5 da FEA-USP, Av. Prof. Luciano Gualberto, 908, Cidade Universitária, São Paulo
Web: Haverá transmissão pela internet em www.iea.usp.br/aovivo.
Informações: Com Inês Iwashita (ineshita@usp.br), telefone (11) 3091-1685.

Fonte: Boletim do IEA-USP — nº 158

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