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Onde descartar o lodo retirado da baía?

Foto: AGÊNCIA O GLOBO / FERNANDO DE MORAES

Pelo menos 7,8 milhões de metros cúbicos de sedimentos retirados do fundo da Baía de Guanabara estão previstos para serem despejados no litoral do Rio de Janeiro até 2015. As dragagens são feitas para desassorear áreas por onde passam embarcações ou para recuperação do local.

De acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que libera licenças de dragagem da baía, todo o material é tratado antes de ser despejado, mas pescadores se queixam da diminuição dos cardumes e do aumento do lixo no mar. Mais de 70% do volume total já foram descartados.

O Ministério Público (MP) estadual exigiu, em dezembro de 2011, que o Inea interrompa a emissão de novas licenças e propôs a elaboração de um termo de ajustamento de conduta (TAC).

Num primeiro momento, o lodo era despejado num ponto a dez quilômetros da entrada da baía e a cerca de oito das Ilhas Cagarras. Em abril de 2010, o arquipélago passou a ser parte de uma unidade de proteção integral, com a criação do primeiro e até hoje único monumento natural marinho do Brasil. Com isso, o Inea moveu o bota-fora 3,8 quilômetros mar adentro.

Para o especialista Marcos Freitas, da Coppe/UFRJ, que acompanhou descartes realizados entre fevereiro de 2010 e setembro de 2011 pela Secretaria Especial de Portos, não há razão para preocupação, já que o material tóxico vem sendo separado, isolado em recipientes e usado em aterros. O fundo da baía apresenta grande concentração de metais pesados.

— Para as Cagarras, acredito ser muito mais prejudicial o despejo de esgoto pelo emissário submarino. Nossas análises mostraram que o material dragado sedimentou no fundo do oceano, formando um monte de um metro de altura. Ali, o mar tem 34 metros de profundidade. Encontramos sedimentos em regiões a, no máximo, cinco quilômetros do ponto de bota-fora, e com menos de dez centímetros de altura — afirmou Freitas.

Para os pescadores, é inquestionável a degradação ambiental proveniente do despejo. Otto Sobral, da colônia de pescadores Z-8 (Itaipu), pratica mergulhos na região e diz que a água em grande parte do entorno se tornou turva. Além disso, sítios de pesca foram destruídos. Segundo ele, um parcel (formação rochosa que atrai muitos peixes por causa da existência de algas e corais) foi soterrado.

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Fonte: Jornal O globo de 22 de janeiro de 2012

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