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Compostagem dentro de casa: manual prático e fácil

A busca na Recicloteca por informações sobre gerenciamento de resíduos aumentou significativamente. E a compostagem é um dos temas mais buscados.

Sempre falamos a mesma coisa: dependendo da forma como lidamos com o lixo, ele pode virar um problemão ou um benefício. Material reciclável separado para a coleta seletiva e indústria da reciclagem é ótimo. Quando este mesmo material é descartado como lixo ele ocupa espaços escassos nos depósitos de lixo e, ao mesmo tempo, representa um enorme desperdício de recursos naturais, em sua maioria não renováveis.

Um dos assuntos que mais tem chamado a atenção das pessoas em nosso atendimento é a transformação da matéria orgânica em composto, adubo. A técnica que usamos é simples e barata. E tem um saldo ambiental positivo. Ao invés do lixo orgânico, que geramos em casa, ser descartado em um lixão ou ser aterrado, ele vira terra que poderá ser utilizada em vasos de plantas e jardins. Sim, podemos parar de comprar terra e produzi-la em nossas casas.

Ao contrário, quando a descartamos em lixões, a matéria orgânica gera poluição do solo, através da infiltração do chorume, e do ar, devido à produção de gás metano (CH4), um dos gases que intensifica o aquecimento do planeta. Se houver um lençol freático sob o terreno onde foi criado o lixão, haverá ainda a poluição da água pelo chorume. Resumindo, descartar matéria orgânica na lixeira, na maioria dos municípios brasileiros não é uma boa ideia.

Neste cenário a compostagem caseira nos parece uma ótima alternativa. Produz terra e não polui.

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Para entender como montar uma pequena composteira em pequenos espaços, como apartamentos, nós fizemos um vídeo com um passo-a-passo.

Transformando cascas de banana em terra fértil com compostagem

Por Mariana Della Barba – O Estado de S. Paulo

Se você já recicla embalagens plásticas, latas, garrafas de vidro e papéis, agora pode ir um passo além e dar um destino adequado também ao seu lixo orgânico, que compõe 60% de tudo que é descartado numa residência. Montando uma caixa para fazer a chamada compostagem, você reduz a quantidade de lixo e, no final, tem terra fértil para usar em vasos e canteiros de plantas.

“O melhor é que o processo é bem simples e barato. Pode ser feito mesmo em um espaço pequeno, como uma área de serviço ou a sacada de um apartamento”, garante Érica Sepúlveda, consultora ambiental da ONG carioca Ecomarapendi.

1. Reunindo o lixo orgânico

Quase tudo que é jogado no lixo enquanto você prepara o almoço pode ser usado na compostagem. É o caso de cascas e talos de frutas e legumes e de partes do alimento que são descartadas, como bagaços. Folhas, flores e podas de jardinagem, pó de café, saquinhos usados de chá e casca de ovo (desde que limpa e seca) também entram na caixa de compostagem.

2. Compostagem versão apartamento

Já que a reciclagem do material orgânico será feita em um espaço pequeno, o ideal é picar bem todo o material. “Assim vamos acelerar o processo de decomposição desses elementos orgânicos”, explica Érica.

3. Preparando a composteira

Para acondicionar a terra e o material que vai passar pela compostagem, o ideal é usar uma caixa de plástico com tampa, dessas vendidas para organizar ambientes. Procure uma com cerca de 30 centímetros de altura, 40 de largura e 30 de profundidade. Faça furinhos no fundo da caixa. Eles permitem a troca de oxigênio e evitam o acúmulo de líquido.

4. Camada inicial

O primeiro passo é colocar uma camada de terra seca. Ela pode ser retirada, por exemplo, de um vaso cuja planta já morreu. A consultora ambiental explica que a ideia é que essa terra absorva a umidade que será produzida no processo de decomposição do resíduo orgânico.

5. Cascas, bagaços e afins

Em seguida, coloque todo o material orgânico picado, fazendo uma segunda camada. “Lembre de não por nada cozido nem de origem animal, como queijo ou carne. Alimentos temperados também devem ser evitados”, diz Érica. Esses materiais tornam a decomposição mais lenta e podem causar mau cheiro e atrair moscas.

6. Micro-organismos

O próximo passo é acrescentar esterco. “O húmus é outra alternativa e é até mais prático, pois pode ser comprado em lojas de jardinagem.” Ambos servem como fonte de microrganismos, que catalisam o processo de decomposição. Minhocas (de três a cinco) também podem ser colocadas na terra.

7. Replay

Faça novas camadas do composto, acrescentando mais lixo orgânico e húmus.

8. Cafezinho

Coloque borra de café para evitar mau cheiro, além de espantar formigas e outros insetos.

9. Último ato

Feche a caixa e revire o composto a cada três dias – essa etapa pode ser pulada caso haja minhocas para revolver a terra. “Se o material ficar úmido, coloque mais café ou folhas. Se ficar muito seco, regador nele”, sugere Érica. Em três meses, você terá terra adubada, pronta para dar uma vitaminada em seus vasinhos.

Você pode acessar a matéria no site do O Estado de São Paulo.

Disponível para venda o Manual COMPOSTAGEM E REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS E AGROINDUSTRIAIS: TEÓRICO E PRÁTICO

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Link para atribuição de créditos: http://www.recicloteca.org.br/?p=5133

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