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Israel se esforça para ser País Limpo, Verde e Sustentável

Fonte do Texto: Wikipedia

A preservação e o desenvolvimento do meio ambiente em Israel tem sido uma das prioridades dos governos daquele país desde a sua independência, em 1948. Em consonância com o desenvolvimento da agricultura, o Estado aplica generosos recursos em pesquisas, com o objetivo de preservar e recuperar o maior número possível de áreas naturais. A preocupação israelense com a preservação da fauna e da flora locais visa a manutenção da exploração sustentável dos parcos recursos naturais possíveis dentro de seu território diminuto e de geografia hostil.

História da preservação ambiental em Israel

A origem da preocupação israelense com as questões ambientais se confunde com a história do sionismo e das primeiras ocupações judaicas no território da antiga Palestina, ao final do século 19. Em 1901 foi fundado o Fundo Nacional Judaico (KKL, na sigla em hebraico), durante o 5º Congresso Sionista. Ao adquirirem por meio de compra os primeiros lotes para a construção de fazendas coletivas, os sionistas se depararam com as enormes dificuldades em tornar o solo local cultivável. As características geológicas e climáticas da região praticamente tornavam impossível o cultivo de qualquer espécie. Foi necessário o estudo e a adaptação de inúmeros fatores para que se conseguisse colher os primeiros resultados práticos daquelas ocupações. Isto deu àqueles homens um conhecimento específico das técnicas ali desenvolvidas.

Em 1903, o KKL adquiriu suas primeiras terras: 50 acres em Hadera. Em 1905 foram compradas áreas próximas ao Mar da Galileia e em Ben Shemen, no centro do país.

Foram criadas novas e exclusivas técnicas de recuperação de solo, através da limpeza dos campos rochosos, a construção de terraços, drenagem de pântanos, dessalinização, reflorestamento, contenção de encostas etc. Em pouco tempo, desenvolveu-se uma prática padrão no trato com as terras locais que possibilitou a expansão dos projetos agrícolas e a aquisição de mais e maiores propriedades.

Em 1908 foi cultivada a primeira floresta do KKL: a “Floresta Herzl”, em Ben Shemen. Desde então foram plantadas mais de 230 milhões de mudas, o que fez de Israel o único país no mundo que aumentou seu número de árvores na virada do século 20. No início as espécies predominantes eram variedades de pinheiros, porém, nas últimas décadas optou-se por uma maior diversificação, acrescentando-se carvalhos, alfarrobeiras e terebintos. Os cipestres são cultivados nas colinas desmatadas e nas planícies costeiras; oeucalipto, a tamargueira e a acácia azul adaptam-se melhor aos solos salinos dos desertos do Neguev e de Aravá. As árvores enriquecem e conservam o solo, evitando a erosão causada pela água e vento, e por isso ajudam a combater a desertificação. Elas também absorvem o dióxido de carbono, desestimulando o efeito estufa.

Após a independência, com o súbito aumento da população e a necessidade de se desenvolver uma agricultura de exportação, foi criada em 1953 a Sociedade para a Proteção da Natureza em Israel. Seus fundadores foram Azariah Alon e Amotz Zahavi e sua primeira missão foi coordenar a drenagem do Vale do Hula, com vistas à recuperação do solo e evitar a propagação da malária na região. No entanto, durante os primeiros anos do novo país, cuidou-se apenas das questões diretamente ligadas ao cultivo econômico. Logo, ficou evidente que haveria a necessidade de se zelar também pelas áreas naturais, com o manejo de florestas e bosques visando à recuperação climática e de recursos hídricos.

Em 1988, o governo de Israel criou um Ministério do Meio Ambiente. A decisão refletiu uma mudança na determinação nacional para enfrentar as questões ambientais. Nos últimos anos, Israel iniciou uma nova jornada, dando seus primeiros passos no caminho rumo ao desenvolvimento sustentável – desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades.

Conservação da natureza

Apesar de seu território diminuto, há uma vasta gama de condições físicas e uma grande variedade de flora e da fauna em Israel. A localização do país na junção de três continentes, juntamente com as mudanças climáticas ao longo da história desta região, tem sido o grande responsável pela grande diversidade de espécies locais. Essa riqueza biológica é encontrada em cerca de 2.600 espécies de plantas (150 dos quais nativas) e cerca de 1000 espécies animais.

A necessidade de proteção à natureza local levou à promulgação de leis de conservação da natureza e para o estabelecimento de parques ecológicos nacionais, dedicados à proteção dos habitats e recursos da vida selvagem, além de uma política educacional específica. Até o momento foram criadas em todo o país 142 reservas naturais e 44 parques nacionais, abrangendo cerca de 3.500 quilômetros quadrados (de cerca de seis mil quilômetros quadrados de áreas protegidas). Juntos, eles representam todo o espectro do patrimônio natural de Israel – florestas mediterrâneas, paisagens marinhas, dunas, sistemas de água doce, desertos e oásis.

Fora dos limites de reservas naturais, centenas de espécies animais e vegetais foram declaradas “bens naturais protegidos”. Foram empreendidas operações de resgate destas espécies, incluindo a criação de estações de alimentação e locais de nidificação.

A localização de Israel na junção de três continentes torna o país uma encruzilhada para diversas aves migratórias. Cerca de 500 milhões de aves – incluindo 85% da população mundial de cegonhas brancas – cruzam os céus israelenses duas vezes por ano em seu caminho para a África no outono e para Europa e Ásia na primavera. Em Latrun, a meio caminho entre Jerusalém e Tel Aviv e no coração da rota migratória ocidental, foi criado um centro internacional de estudos de aves migratórias.

Saiba mais:

Israel e sua agricultura que floresce no deserto

Israel e sua relação com a escassez de água

 

 

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