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Para alguns “Bituca” de cigarro parece não ser problema

A campanha publicitária de apoio à lei antifumo em São Paulo de conscientização dos fumantes: “Bituca de cigarro é igual cocô de cachorro, recolha a sua da calçada!” (Fonte: Estadão.com.br/Blogs - 14/08/09)

Quantos fumantes você conhece que não jogam ponta de cigarro no chão?

A cena do fumante jogando cigarro nas ruas da cidade é tão comum que já passou a fazer parte da paisagem. É jogado pelos mais diversos locais públicos com tanta naturalidade que nos leva a crer que a ponta do cigarro não é lixo. Mas é! E como tal, ela precisa ser descartada de forma correta. Apagada e depositada em uma lixeira. Simples, não?

Descartada de forma incorreta, a bituca pode provocar desde incêndios (não apenas em áreas verdes, como no seu vizinho do apartamento debaixo que pode ter sua cortina queimada ao entrar em contato com a bituca acesa), o entupimento das galerias pluviais até a poluição visual. O filtro do cigarro é composto de acetato de celulose e leva cerca de 2 anos para se decompor.

Algumas cidades já estão pensando em coibir esse tipo de atitude, classificada por muitos como pura falta de educação dos fumantes. Será que a sua cidade já está pensando em algo? Se não, que tal sugerir para o governo local algo? E cobrar dos seus amigos fumantes que não descartem a ponta do cigarro em local inadequado?

Veja a reportagem do Bom Dia Brasil da Rede Globo sobre o assunto:

Cidades planejam multar quem joga ponta de cigarro nas ruas

Uma estudante de Brasília se tornou catadora voluntária de pontas de cigarro. Em 15 dias, ela recolheu 1,5 mil bitucas.

Muitos incêndios começam com um motivo bem pequeno: as pontas de cigarro. O problema é tão grave que já tem cidade querendo multar os fumantes que jogam seu lixo nas calçadas. A ideia surgiu no interior de São Paulo, mas há também projetos para transformar esse lixo em algo criativo. Em Brasília, uma estudante universitária começou sua experiência recolhendo as pontas de cigarro do próprio campus.

Bombeiros dizem que as nuvens de poluição têm tudo a ver com outra fumaça: a dos cigarros. Muitos incêndios começam por causa de bitucas jogadas na beira de estradas.

“É um ato simples: prestar atenção no que está fazendo, já que tem esse hábito um tanto quanto negativo de acender cigarro, fumar, que está prejudicando a própria saúde, e o ato também automático de jogar para fora da janela do carro”, alertou o ambientalista Luiz Felipe Vitelli.

Como tem ponta de cigarro em lugar errado. “Isso é uma questão de educação pessoal e ambiental porque, além de você manter o ambiente limpo, você mantém o espaço da outra pessoa limpo”, acredita o estudante Bruno Leandro.

Mas adianta pedir para não jogar em qualquer lugar? Quem sabe, então, multar os fumantes? É o que propõe um projeto na Câmara de Vereadores de Sorocaba (SP): R$ 50 de quem for flagrado sujando as ruas.

Já em Votorantim, também no interior paulista, a prefeitura fez uma parceria com uma empresa particular. Foram espalhados mais de 40 coletores. “É besteira jogar no chão”, comenta um jovem.

Já em Brasília, a estudante de gestão ambiental Loyane Soares se tornou catadora voluntária de pontas de cigarro. Em 15 dias, ela recolheu 1,5 mil e criou um projeto que vai limpar a Universidade de Brasília (UnB). Vai ter coleta seletiva de bituca no campus. Lixos específicos para restos de cigarro serão fixados nas paredes da universidade.

Loyane Soares não recebeu um tostão da UnB, mas vai tirar dinheiro do próprio bolso para bancar o projeto. Além das lixeiras para fumantes, vai distribuir porta-bitucas portáteis. “A gente corre atrás por uma boa causa, uma boa ação, e a gente tenta fazer isso para ajudar mesmo não só o meio ambiente, mas também as pessoas com que a gente convive”, conta.

Tudo o que for recolhido será entregue aos professores de artes plásticas da universidade e reciclado, transformado em papel de bituca para álbuns, pastas ou blocos de anotações, sem qualquer cheiro de tabaco.

“Você mostra que realmente o conceito de lixo tem de ser revisto. Se até a bituca pode ser reciclada e ser transformada em um produto nobre, e os demais lixos então?”, questiona a professora Thérèse Hofmann, da Universidade de Brasília (UnB).

A UNB já entrou com um pedido para patentear o processo de reciclagem. Recebe da indústria cigarros que foram produzidos com falhas e da Receita Federal o material apreendido por contrabando.

O vídeo da reportagem você pode assistir no site do Bom Dia Brasil.

Fonte: Bom Dia Brasil / Rede Globo

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