17 de junho é o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca.
Fonte do texto: Grupo Planisferio
A desertificação é caracterizada como o processo de degradação da terra nas zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultantes das atividades humanas ou de fatores naturais (variações climáticas). Esse conceito foi elaborado durante a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação.
Esse fenômeno afeta, aproximadamente, 60.000 quilômetros quadrados de terras por ano em diversas partes do planeta. As diversas atividades humanas, realizadas de forma insustentável, têm provocado drásticas reduções da vegetação e da capacidade produtiva do solo. Entre as principais causas responsáveis pela desertificação estão:
– Desmatamento de áreas com vegetação nativa;
– Uso intenso do solo, tanto na agricultura quanto na pecuária;
– Práticas inadequadas de irrigação;
– Mineração. As principais consequências da desertificação são:
– Eliminação da cobertura vegetal;
– Redução da biodiversidade;
– Salinização e alcalinização do solo;
– Intensificação do processo erosivo;
– Redução da disponibilidade e da qualidade dos recursos hídricos;
– Diminuição na fertilidade e produtividade do solo;
– Redução das terras agricultáveis;
– Redução da produção agrícola;
– Desenvolvimento de fluxos migratórios.
Infográfico deserto: Revista Nova Escola
De acordo com o Worldwatch Institute, cerca de 15% da superfície terrestre sofre algum tipo de desertificação. Esse fenômeno afeta mais de 110 países, prejudicando a vida de mais de 250 milhões de pessoas. As regiões mais atingidas pela desertificação são: Oeste da América do Sul, Norte e Sul da África, Oriente Médio, Ásia Central, Noroeste da China, Austrália e Sudoeste dos Estados Unidos.
O Brasil também apresenta áreas afetadas pela desertificação. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, cerca de 13% do território brasileiro é vulnerável à desertificação, pois é formado por áreas semiáridas. O processo de desertificação atinge porções da Região Nordeste, o cerrado tocantinense, o norte de Mato Grosso e os pampas gaúchos.
Deserto está no alvo de comissão da ONU
Com o intuito de reduzir o processo de desertificação, a Organização das Nações Unidas (ONU) criou, em 1994, a Comissão contra a Desertificação, cujo principal objetivo é elaborar projetos eficazes que possam deter a expansão desse fenômeno, principalmente nos países da África.
Arenização (fonte: Nova Escola)
Imagem: Revista Nova Escola
Arenização, ou formação de bancos de areia, é o processo de retirada de cobertura vegetal em solos arenosos, em regiões de clima úmido, com regime de chuvas constantes, como o sudoeste do Rio Grande do Sul (veja abaixo o processo que desencadeia o problema). Esse fenômeno não deve ser confundido com a desertificação, que ocorre em clima árido, semiárido e semiúmido e assemelha-se a uma seca prolongada e intensa.
Relevo
A arenização tem estreita relação com a geologia local e ocorre, necessariamente, em terrenos com desníveis, com partes altas e baixas.
Chuvas e vento
Temporais e ventos fortes retiram restos de vegetação e sedimentos do solo das áreas mais altas, depositando-os nas partes baixas do terreno.
Ação humana
O desmatamento e o uso inadequado do solo potencializam o depósito de sedimentos, dificultando o crescimento de nova vegetação na área.
Consequência
Sem novas plantas, o terreno empobrece. Sua arenosidade natural é reforçada pelo acúmulo de sedimentos, o que forma os bancos de areia.
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