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Coleta seletiva no Rio é pouco estruturada, diz presidente da Comlurb

O presidente da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), Vinícius Roriz, afirmou nesta terça-feira, 4, que o processo de coleta seletiva do Rio de Janeiro “é pouco estruturado para que a gente avance com velocidade”. O SRZD acompanhou palestra dele na aula de Comunicação e Meio Ambiente da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio. Roriz explicou que a reciclagem na cidade é prejudicada.

“Em uma ponta, o caminhão anda vazio e na outra as cooperativas estão cheias até o topo. Quando você pensa em reciclagem, tem que pensar na cadeia como um todo. Um elo perdido e ela tranca. Hoje a gente não tem esse processo bem estruturado para que a gente avance com velocidade. Meu caminhão anda vazio porque o cidadão não coopera em muitos bairros. Em outros bairros, quando o cidadão coopera, a gente tem uma concorrência”, disse Roriz, revelando que as empresas que fazem coleta seletiva estão sendo cadastradas e regularizadas pela Comlurb. “Para a gente, a melhor coisa é essa: não precisar gastar o dinheiro público para um negócio que está dando dinheiro para alguém”.

De acordo com Roriz, a região que mais coopera com a coleta seletiva é a Zona Sul e a que menos coopera a Zona Oeste. Na primeira, o custo por tonelada coletada chega a R$ 170, enquanto na outra, chega a R$ 1050. “Se eu não encher o caminhão, ele não se paga”.

O objetivo da Comlurb é reduzir em 25% o volume dos resíduos que chegam nos aterros sanitários. Segundo Roriz, a coleta seletiva não é o principal meio para chegar a esse número. “A vantagem da coleta seletiva é você dar uma destinação mais nobre com menos rejeito. Mas para eu coletar seletivamente, eu tenho que colocar mais frota na rua, portanto eu tenho impacto na emissão de gases de efeito estufa e outros impactos. Se eu ficasse somente na coleta seletiva, ia gastar muito dinheiro, ia trancar o trânsito da cidade”.

Um dos outros meios citados por Roriz foi o Tratamento Mecânico Biológico (TMB), já utilizado em São Paulo. O sistema permite que os resíduos levados para os centros de tratamento passem por uma triagem, separando os materias que podem ser reciclados.

Hoje, a coleta seletiva da Comlurb recolhe, por mês, 2080 toneladas, cerca de 4% da capacidade. A companhia percorre 9.522 ruas em 68 bairros do município, com 16 caminhões e 144 garis. Roriz afirmou que o trabalho de comunicação será feito, mas o resultado é de longo prazo. “Coleta seletiva tem muitas variáveis. Por isso tenho que considerar a colaboração do cidadão, colocar mais recursos de caminhões na rua”.

Fonte: Site SRZD

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