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Dia da árvore: vamos valorizar nossas amigas

O dia 21 de setembro é uma data para lembrar de nossas companheiras árvores. Mais do que um dia de celebração, é um momento de reflexão. Sabemos o valor e a importância delas em nosso dia-a-dia?

A troca de gases que faz com que as árvores absorvam gás carbônico e liberem oxigênio é o que mais nos faz lembrar delas, mas sua importância vai muito além disso. Uma árvore só já faz muito pela sociedade, mas em conjunto é que elas impactam positivamente nossas vidas de uma maneira impressionante. As florestas amenizam o clima, protegem os rios, dão firmeza para o solo e, pasmem, servem muito bem para serem economicamente exploradas, sem precisar derrubar as árvores.

Nas cidades aquele conjunto de árvores reduz o calor, aumenta o conforto dos pedestres, retém a água das chuvas e reduz a gravidade das enchentes. As árvores são parceiras das cidades e precisam do incentivo de todos para serem plantadas, cuidadas e substituídas com seu ciclo chegar ao fim.

Dia da árvore é mais que plantar uma muda!

É comum que se façam campanhas de distribuição de mudas para celebrar o dia da Árvore, mas dá para participar desse dia com mais do que um simples plantio da querida mudinha. Cuidar das árvores adultas, cobrar avaliação, poda e medicação de árvores na sua rua é tão ou mais importante. Visite um parque e contemple as árvores, mesmo quem mora numa cidade com ritmo de vida acelerado, pode parar para usufruir também do aspecto psicológico de termos árvores ao nosso redor.

Com o tempo será cada vez mais natural dedicar um tempo para cuidar delas e aproveitar seus presentes gratuitos, que vão além de uma fruta, sombra ou visual das cidades.

Árvores ajudam o clima e a umidade das cidades

No ponto de ônibus, as pessoas se escondem do sol debaixo das marquises ou a sombra dos postes de iluminação pública, buscando amenizar a sensação térmica do ambiente. Ao caminhar pelas ruas, a percepção é a mesma. Nada como uma sombra para aliviar um pouco o calor.

Neste quesito, as árvores desempenham uma função primordial. É notório o fato de ruas, parques e cidades arborizadas proporcionarem uma sensação térmica mais amena.

Em 2008, a pesquisadora da Unicamp, Loyde Vieira de Abreu, provou cientificamente que não apenas isto é verdade, como a sombra não é o único fator que influencia neste processo. As árvores, ao eliminarem umidade, proporcionam um maior conforto térmico. A árvore Jamelão, por exemplo, elimina 101 litros de água por dia. A dez metros desta árvore, a pesquisadora constatou que a umidade média do ar era de 68%, enquanto que a cinqüenta metros a umidade caía para 57%.

Além da umidade, as árvores também absorvem parte da radiação solar. Seus galhos e folhas amenizam a velocidade do vento. Este espalha a umidade do ar gerada pela árvore, diminuindo a sua eficiência.

As árvores, quando em grupo, têm seus efeitos potencializados. E não é preciso ir para dentro de uma floresta para conferir isso.

Ruas e praças arborizadas nos convidam a passear e curtir suas sombras, troncos, folhas e os poucos raios solares, que com dificuldade, conseguem passar por suas folhas e galhos.

Não deixe de aceitar esse convite. Vá a um parque, sente em um banco, estenda uma toalha sobre as sombras das árvores e fique por um tempo… Por um bom tempo!


Matança, canção de Jatobá interpretada por Xangai, é um grito de socorro e de denúncia ao que estamos fazendo com as árvores, seres vivos tão necessários à manutenção da vida na Terra.

No Dia da Árvore, passamos a palavra ao poeta e ao intérprete…

Matança

Intérprete: Xangai
Composição: Jatobá
Cipó caboclo tá subindo na virola
Chegou a hora do pinheiro balançar
Sentir o cheiro do mato da imburana
Descansar morrer de sono na sombra da barriguda
De nada vale tanto esforço do meu canto
Pra nosso espanto tanta mata haja vão matar
Tal mata Atlântica e a próxima Amazônica
Arvoredos seculares impossível replantar
Que triste sina teve cedro nosso primo
Desde de menino que eu nem gosto de falar
Depois de tanto sofrimento seu destino
Virou tamborete mesa cadeira balcão de bar
Quem por acaso ouviu falar da sucupira
Parece até mentira que o jacarandá
Antes de virar poltrona porta armário
Mora no dicionário vida eterna milenar
Quem hoje é vivo corre perigo
E os inimigos do verde da sombra, o ar
Que se respira e a clorofila
Das matas virgens destruídas vão lembrar
Que quando chegar a hora
É certo que não demora
Não chame Nossa Senhora
Só quem pode nos salvar é
Caviúna, cerejeira, baraúna
Imbuia, pau-d’arco, solva
Juazeiro e jatobá
Gonçalo-alves, paraíba, itaúba
Louro, ipê, paracaúba
Peroba, massaranduba
Carvalho, mogno, canela, imbuzeiro
Catuaba, janaúba, aroeira, araribá
Pau-ferro, anjico amargoso, gameleira
Andiroba, copaíba, pau-brasil, jequitibá


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