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Vale a pena comprar cosméticos orgânicos?

Por Laura Lopes – Revista Época

ÉPOCA dá a resposta com uma lista de produtos desse tipo e outros que têm “marketing verde” para o leitor não se arrepender depois da compra

O que faz de um cosmético um produto orgânico? Como no Brasil não há uma regulamentação oficial da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o produto, saber responder a essa pergunta pode evitar que você gaste mais do que deveria ou use um produto que, na verdade, não traz nenhum benefício orgânico. A dica é a mesma para quando se compram alimentos orgânicos: se tem um selo de certificação, a procedência do cosmético é garantida.

No Brasil, os principais selos são do Instituto Biodinâmico (IBD) e da francesa Ecocert, que segue as mesmas diretrizes de outras seis certificadoras da Europa. Cada um, no entanto, tem critérios diferentes e muito rigorosos (leia o quadro na próxima página). “Não existe uma linguagem mundial para dizer quem é orgânico”, diz o cosmetologista Maurício Pupo.

O que faz dos orgânicos e naturais diferentes dos cosméticos convencionais é uma porcentagem variada de ingredientes certificados, dependendo do selo. Eles não possuem matéria-prima sintética, derivados de petróleo (como silicone e óleos minerais) ou produtos geneticamente modificados e testados em animais. Também são livres de agrotóxicos. Segundo os fabricantes, agridem menos a natureza ao longo da cadeia produtiva – os resíduos, por exemplo, são mais suaves que os da indústria tradicional. Além disso, há o apelo de valorizar a vida das comunidades envolvidas na produção.

As certificações do IBD e da Ecocert são as mais comuns aos produtos brasileiros

A produção dos orgânicos em escala industrial é praticamente impossível por causa do alto custo, diz Pupo. Por isso, as empresas criam caminhos mais fáceis para fazer produtos que carreguem o conceito de “natural ou orgânico”, mas com fabricação viável. São os chamados “bio”, fruto de acordos entre grandes laboratórios europeus interessados no apelo comercial dos orgânicos, mas incapazes de produzi-los em larga escala. Cada empresa costuma atender a apenas parte das exigências de certificação: ou usam algum ingrediente com certificação de orgânico ou natural, ou não testam em animais, ou não usam produtos derivados de petróleo ou, ainda, alguns desses itens somados.

Vantagens e desvantagens dos orgânicos

Um hidratante facial ou corporal orgânico tende a ter uma qualidade superior à de um tradicional. Em vez de conter óleo mineral, que não penetra na pele, possui óleos essenciais, muito mais eficientes. “Eles estimulam a cicatrização e a produção de colágeno e elastina, além de hidratar profundamente”, diz Pupo. Segundo ele, porém, os produtos orgânicos capilares podem causar frustração. “Sem o silicone, os condicionadores não deixam os cabelos tão bonitos como os produtos tradicionais, não dão brilho nem permitem o penteado que o consumidor espera”, afirma. E os xampus não fazem espuma e não tiram toda a sujeira dos fios.

O preço também é um fator que pode afugentar o consumidor não muito preocupado com o conceito de sustentabilidade: um xampu de 200 ml pode sair por R$ 40. O motivo está nas restrições impostas na produção. A proliferação de pragas dificulta o aproveitamento total da colheita das matérias-primas, pois não é permitido o uso de defensivos químicos; o campo de plantio deve estar 15 anos livre de agrotóxicos ou adubos químicos e a fábrica deve ser totalmente higienizada de produtos não-orgânicos. “É mais fácil encontrar cosméticos orgânicos brasileiros na Europa que nas lojas daqui”, diz o cosmetologista Pupo.

Para ajudar o leitor na hora da compra, confira uma relação com os principais produtos disponíveis nas lojas e a qual categoria eles pertencem. Em seguida, saiba quais são as diferenças dos dois sistemas de certificação e, por fim, descubra se você pode se encaixar na categoria de “consumidor verde”.

Raio-x nas prateleiras

Fonte: Revista Época

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