Como falado no texto de ontem, “cabe uma reflexão, tanto individual quanto coletiva, sobre a maneira como lidamos com os nossos restos”. Mais que isso, nós precisamos pensar sobre os objetos que levamos para casa… Os nossos restos são fruto das nossas aquisições!
É muito comum adquirimos produtos que ainda não possuem uma destinação adequada ou, quando possui, esta está concentrada em algumas partes do país, como a reciclagem de pilhas e do plástico expandido, mais conhecido pelo nome comercial “isopor”.
No entanto, mesmo soluções simples muitas vezes não são colocadas em prática, como é o caso da compostagem. Esta consiste na é a transformação da matéria-orgânica em adubo, com ou sem a utilização de minhocas. Tecnologia barata e antiga, possível de ser instalada em qualquer cidade do país. Comum entre as pessoas mais antigas, que a faziam no quintal de casa. Mas, as prefeituras ainda preferem depositar este material em locais inadequados, como lixões e aterros controlados, e provocar impacto sociais e ambientais, que terão que remediar posteriormente. E isto custará muito caro ao poder público e ao bolso dos cidadãos.
Por outro lado, a indústria recicladora, pelo seu alto custo tanto de maquinários quanto de pessoal, além da demanda de grandes quantidades de matéria-prima (material reciclável), não está espalhada por todo o país. Elas ficam localizadas próximas aos grandes centros urbanos em apenas alguns Estados da federação. O fato de um material ser ou não reciclável está diretamente relacionado à existência ou a inexistência de indústrias recicladoras próxima as fontes geradoras.
Na contramão da indústria da reciclagem, as embalagens conseguem chegar a qualquer lugar do território nacional. A questão, é que elas vão carregando os produtos que serão consumidos e lá ficam. Não há um caminho de volta com as embalagens vazias. Não há o que se convencionou chamar de logística reversa. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) a define como “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”. É isso que tem que começar a acontecer.
O que fazer então?
- Entre em contato com o fabricante para verificar qual a melhor destinação da embalagem produzida por eles. Já pensou qual a melhor solução para latas de tintas? Esmalte? Lâmpada fluorescente? Pilhas e baterias? Remédio vencido? Eletroeletrônicos?;
- Solicite que o fabricante indique um local próximo a sua casa para a entrega da embalagem ou produto. Algumas empresas já fazem isso, como a Dell, Phillips, Itautec, Tetra Pack (embalagem longa vida), Kodak e Motorola;
- Verifique quais embalagens são recicláveis na sua cidade. Esta informação pode ser adquirida junto a prefeitura, órgãos ambientais e com as cooperativas de catadores de material reciclável;
- Demande a prefeitura a implantação, caso não haja, da coleta seletiva municipal;
- Evite embalagens mistas, isto é, as que são feita com mais de um material, como embalagens de alguns biscoitos que são compostas de plástico e alumínio. São embalagens mais complexas e difíceis de serem recicladas. A indústria que recicla embalagem longa vida, como a do leite, encontra-se no interior do Estado de São Paulo;
- Plástico expandido (isopor) é um material muito leve, volumoso e de difícil armazenamento pelas cooperativas de materiais recicláveis. Além disso, a reciclagem de isopor está concentrada no sul do país, São Paulo, Amazônia e Goiás.
Estas são algumas das nossas sugestões, mas certamente, você pensará em outras.
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Saiba mais:
Clique aqui para ver a Lei nº 12.305/2010 que institui a PNRS.
Acesse o Decreto nº 7.404/2010 que regulamenta a PNRS
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