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Hidrômetros individuais, obrigatórios nas novas construções, são procurados também por prédios antigos

Fonte: Foto: O Globo / Luciana Paschoal

Em quatro anos, 55% dos municípios brasileiros poderão ter seu abastecimento de água comprometido em algum grau. O dado é do “Atlas da Água”, divulgado pela Agência Nacional de Águas (Ana) em março. Algumas regiões já enfrentam essa realidade. Em Bagé, Rio Grande do Sul, a população sofre com estiagem há seis meses. A quantidade de chuva é tão pequena que o Departamento de Água e Esgotos da cidade racionou a água por 13 horas diárias e instituiu um baixo volume de consumo por cada família: 15 metros cúbicos ao mês. Quem gastar menos garante o crédito, em água, para meses subsequentes. Quem ultrapassar, paga caro: cada mil litros excedentes valem 50% do cobrado pelos 15 mil litros da tarifa base.

No Rio, o consumo médio mensal é de 30 mil litros por família. Mas você sabe quanto a sua casa consome? Quem mora em condomínio, onde a cobrança costuma ser rateada entre os moradores, certamente vai ter dificuldades para responder a essa pergunta. Até porque, quando não pesa no bolso, a água costuma ir, literalmente, ralo abaixo.

Uma das soluções para se evitar o desperdício é instalar hidrômetros individuais. No Rio, a prática virou lei, sancionada em 22 de março (Dia Mundial da Água). A obrigatoriedade, contudo, só atinge as novas construções. Para as antigas, a decisão fica a cargo do condomínio. Mas já cresce o número de prédios que aderem ao sistema como mostra reportagem de Karine Tavares publicada neste domingo no Morar Bem.

– O hidrômetro individual é um avanço enorme, mas pelas dificuldades técnicas de implantação em edifícios antigos, não seria possível tornar sua instalação compulsória. O incentivo a quem se dispuser a fazer o retrofit de seu edifício pode ser o caminho – diz o presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável da Prefeitura do Rio, o economista Sérgio Besserman.

Entusiasta da lei, Besserman lamenta que ela tenha chegado só agora por aqui e acredita que um incentivo do governo estadual, como a redução de impostos, poderia ser o empurrãozinho que falta para mais condomínios considerarem a mudança das instalações. As vantagens, garante, são inúmeras. Além da economia direta com a conta d’água, há redução da inadimplência, das despesas com energia elétrica (o volume de água a ser bombeado no prédio diminui) e do esgoto produzido. A medida ainda facilita a identificação de vazamentos.

As obras para instalação em prédios antigos, entretanto, nem sempre são fáceis. Mas quem já fez garante que consegue economizar em média 30% na conta. Em alguns casos, essa redução chega a 40% ou 50%. O condomínio Alsacia, na Barra, pagava R$ 30 mil por mês no verão. Com a individualização, a conta caiu a R$ 14 mil na mesma época. E fica em R$ 12 mil nos meses mais frios.

Em outro prédio, esse no Recreio, a obra ficou pronta em uma semana. E a conta, de R$ 8 mil, chega a menos de R$ 2 mil. Os condomínios continuam recebendo uma conta única da Cedae. A leitura individualizada é feita pelas empresas que instalaram os hidrômetros. É daí, aliás, que elas sobrevivem, cobrando taxa que varia de R$ 3 a R$ 5 por condômino, para fazer a leitura do consumo e a manutenção dos equipamentos. Ao condomínio, cabe cobrar às unidades o valor gasto por cada uma.

Segundo especialistas, no entanto, prédios muito antigos podem exigir uma obra estrutural complexa para a mudança de todo o sistema de distribuição da água.

– Em prédios com muitas entradas de água, é preciso colocar novos ramais. Fica tão caro que acaba inviabilizando a obra – explica o engenheiro civil Abílio Borges, do Crea-RJ.

Fonte: O Globo

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