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Esporte X Meio Ambiente

Imagem: G1
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Em abril do ano passado a prefeitura concedeu Licença de Instalação para um campo de golfe público em área da APA de Marapendi, que seria usado nas Olimpíadas de 2016. Segundo a prefeitura o COI considerou os dois campos particulares da cidade inadequados e que a área estaria degradada o que justificaria sua escolha para um empreendimento esportivo no local, que de quebra recuperaria parte da vegetação nativa. O argumento é questionável já que a área não estaria com o nível de degradação descrito pela prefeitura e que o campo de golfe traria impactos ambientais inexistentes até então, como o uso de espécies nativas, aditivos químicos no gramado e o grande consumo de água, bem como o fato de ser construído dentro da APA em parte da ZCVS (Zona de Conservação da Vida Silvestre).

Além disso, a construtora que vai fazer o campo de golfe recebeu em contrapartida uma licença para a construção de até 23 prédios de 22 andares na área da APA às margens da Av. das Américas. Para conceder esta licença a Prefeitura alterou o gabarito do local de 6 para 22 andares. Tais empreendimentos trariam impactos viários e ambientais acima da capacidade local de absorção.

Esse Pacote Olímpico está parecendo um pretexto para viabilizar o lucro e as vantagens para a indústria imobiliária. Mas surgiu uma luz no fim do túnel.

Conforme publicado no site de notícias G1, uma reunião convocada pelo Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro deve acontecer esta semana para discutir a viabilidade da obra do polêmico campo de golfe. Dependendo da decisão tomada, a construção da instalação pode seguir, ou uma ação civil pública com pedido de liminar poderá ser expedida pelo MP para suspender as obras, cuja segunda das três fases começou recentemente.

A reunião foi marcada pela promotora do caso, Ana Paula Petra após parecer contrário do GATE ambiental (Grupo de Apoio Técnico Especializado), órgão de suporte do Ministério Público. O documento concluiu que o projeto causa significativa degradação ao meio ambiente em um dos últimos mosaicos de restinga da cidade. Também cita a falta de um estudo de impacto ambiental, o EIA/RIMA, e pede alternativas de locais para a disputa da modalidade nos Jogos Olímpicos de 2016.

Cenas dos próximos capítulos em breve aqui em nosso site!

Ouça AQUI uma entrevista com especialistas no assunto.

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