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Novo capítulo na polêmica das Sacolas Plásticas

A distribuição de sacolas plásticas no comércio tem dado o que falar nos últimos 8 anos. Desde que a prefeitura de Santos – SP proibiu a distribuição gratuita outras cidades adotaram medidas similares. O excesso de sacolas plásticas e os danos que elas causam ao meio ambiente quando descartadas corretamente tem sido usados como motivos para se criar leis que tentem resolver o problema.

São Paulo está padronizando as sacolas por cores e material de fabricação, um plástico de origem vegetal. A verde só poderá ser usada para a coleta seletiva. No futuro serão regulamentadas as sacolas para lixo orgânico e para lixo indefinível (mais um termo diferente), respectivamente nas cores marrom e cinza.

Infelizmente o buraco é bem mais embaixo e a prefeitura de São Paulo deu mais um passo estranho dentro do festival de atropelos e equívocos que tem permeado o assunto nos últimos anos. Padronizar as sacolas e determinar que tipo de reuso ela pode ter a partir da cor do material é, sem dúvida, um caso clássico de engano bem intencionado. Talvez fruto de uma assessoria ruim na procura de uma saída coerente e viável para os problemas. O fato é que a coleta seletiva em São Paulo não é universal e em tese a população não poderá reutilizar a sacola para outro fim, matando o segundo dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar) o que seria um retrocesso na mudança de comportamento das pessoas, em relação aos seus resíduos. A lei também não versa sobre a qualidade das sacolas e sua capacidade de carregar peso, um grave porém no uso diário que faz com que os clientes tenham que usar uma sacola dentro da outra para garantir que não rasguem.

Mais importante do que tentar reinventar a sacola plástica é interpretar a necessidade, a possibilidade e as vantagens/desvantagens. Nesse sentido sairia mais barato, seria mais prático e daria melhor resultado ambiental determinar que as sacolas sejam transparentes, sem qualquer tingimento ou impressão. Na decomposição das sacolas coloridas é possível que a tinta contamine o meio ambiente e o fato de serem coloridas resulta em um plástico reciclado acinzentado de baixo valor comercial. Regulamentar apenas a transparência e a qualidade das sacolas permitira à população continuar a reutilizar, os sucateiros e cooperativas poderiam obter um pagamento maior pelo material e, caso ela fosse descartada no lixo comum o meio ambiente não seria afetado em nada. Fica a dica para outras cidades.

À população resta preferir a sacola retornável sempre que possível.

Texto baseado em matéria do G1.

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