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Canudos plásticos: a polêmica e a educação ambiental

Leia baixo a notícia publicada no site O Eco que versa sobre a proibição dos canudos plásticos na cidade do Rio de Janeiro:

O Rio de Janeiro tornou-se a primeira cidade brasileira a banir o uso de canudos de plásticos. Na quinta-feira (05), o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, sancionou o Projeto de Lei nº 1691 de 2015publicado no Diário Oficial do Município, que proíbe a distribuição de canudinhos plásticos em estabelecimentos como bares, restaurantes, lanchonetes e quiosques.

O PL, de autoria do vereador Jorge Felippe (MDB-RJ), “obriga os restaurantes, lanchonetes, bares e similares, barracas de praia e vendedores ambulantes do município, a usar e fornecer a seus clientes apenas canudos de papel biodegradável e/ou reciclável individualmente e hermeticamente embalados com material semelhante”.

Os estabelecimentos que descumprirem a lei estão sujeitos a multa de R$ 3 mil, valor que pode chegar a 6 mil reais em caso de reincidência. De acordo com o texto, canudos de papel biodegradável ou reciclável devem ser oferecidos como alternativa.

O Prefeito do Rio sancionou parcialmente a lei, vetando o art. 4º, que disciplina a entrada em vigor da futura lei. Com o veto, a medida ainda não tem prazo para entrar em atividade.


Nossa opinião sobre canudos plástico e sua proibição

Os canudos plásticos são um ótimo exemplo de invenção deturpada. Criados para facilitar a ingestão de líquidos por pessoas com alguma dificuldade, tornaram-se um oferecimento natural (e quase sempre desnecessário) em bares e restaurantes. Um ótimo negócio para quem fabrica e vende este produto que até então tinha consumo ínfimo. Por comodidade ou por aparência, seu uso se multiplicou e, como todo material descartável, finalmente acabou ganhando a justa alcunha de vilão do meio ambiente.

É estarrecedor como o se humano é capaz de encontrar soluções criativas e ao mesmo tempo gerar problemas vergonhosos. Parecem duas espécies distintas. Mas o que de fato ocorre é que a ganância move pessoas, corporações e até governos a despeito do bom senso ou respeito a qualquer “valor humano”.

Proibir está longe de ajudar a resolver essa nossa dificuldade de raciocinar antes de continuar com um hábito ruim, mas pelo menos estimula a sociedade a discutir sobre a cultura do descartável. Mais que resolver o problema de um dos descartáveis com uma canetada, é fundamental que as pessoas, empresários e políticos contribuam para mudar esse modelo de aceitação automática do uso indiscrminado de objetos descartáveis, especialmente plásticos.

Já passamos da hora de investir mais em sabedoria, que seria o conhecimento com juízo, para escolher com mais critérios quando podemos ou não usar utensílios descartáveis. A lei é uma medida emergencial devido ao nível de gravidade do excesso de lixo plástico, mas é fundamental aperfeiçoar a informação e a educação ambiental para que cada um possa ser um agente de mudança a reequilibrar nossa relação com nossos restos.

Você pode optar por canudos sustentáveis, sejam ele de papel, bambu, palha ou aço, mas antes se pergunte qual a real necessidade de sempre usar canudos para ingerir líquidos. Numa festa de aniversário em casa ou playground o uso de descartáveis traz conforto e praticidade. E afinal de contas é uma vez por ano, mas que tal avaliar a possibilidade de oferecer copos duráveis em que cada um escreve o seu nome? Reduz o volume de lixo ao final da comemoração e ajuda os convidados a refletirem de uma maneira leve sobre o uso de descartáveis.

Há muitos outros exemplos de atitudes sustentáveis que cabem em nosso dia-a-dia, e muitas delas podem ser adotadas sem traumas, altos custos ou geração de estresse. Precisamos usar mais o cérebro e incentivar os próximos a também usarem. O problema do excesso de resíduos tem solução e cada um pode ser mais ativo nessa conquista.

Leia mais em nossa página:

França proíbe descartáveis. Mas e a educação ambiental?

Descartável ou não? 1ª parte

Descartável ou não? 2ª parte

Reciclar é importante, mas reduzir o lixo é muito mais!

Trashed – Para Onde Vai Nosso Lixo

O (mau) exemplo europeu e a coleta de lixo em Barcelona

Super produção de lixo no Japão e as medalhas recicladas das Olimpíadas 2020


Já imaginou poder contribuir para semear a educação ambiental por aí?

Agora você pode! Seja um apoiador do Projeto Recicloteca.

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